uma gota de sangue que fluí,
cresce nas linhas da mão ressequida,
afagada num momento grave e solene,
de rasgos porosos semeados nas férteis rugas dos teus olhos.
a tranquilidade morosa,
digestão eterna do leite dos teus seios,
débeis sombras entrelaçadas do futuro sobranceiro,
de sabor frio, cuja realidade desembaraçada serve.
Acusar o asfalto com os dedos
- desfazê-los em castelos de cartas
retorcidos num grito histérico
- frenético morder de lábios
nos teus braços
- ranger os dentes em pó
saliva na boca
- escorrer a alma em suór
unhas para fora
- dançares de cintura
somos carcereiro e carrasco,
arriscamos com o gume de 7 facas rombas,
à espera da derrota.
Bom, aqui vai o meu motivo, desespero de causa de tudo aquilo que esqueci, escolhi lembrar depois, talvez amanhã - não interessa, quando decidimos viajar em direcção... espera, esqueci-me. Rias. Leva para casa esta lista - assenta tudo - e espera por mim; precisamos de baionetas, pólvora negra, estrelas - das normais ou económicas, linha preta e de uma agulha. Derrama a pólvora no teu ventre com cuidado, e usa a linha para coseres os olhos, e espera, por mim, sentada nas baionetas. Não demoro.
blah! J
2 Comentários:
Muito profundas estas palavras. Suponho que seja alguém muito especial! Mas porquê a demora?
Obrigado pelas tuas palavras Liliana.
A demora prende-se com falta de espaço na cabeça, com muitos outros problemas que vão deixando para trás tudo isto. Mas prometo que irei tentar actualizar esta casa mais frequentemente.
Um abraço, J