Meço a distância pelas palavras que trocamos no tempo que cresce infinito até à rosácea saudade embrulhada na ilusão roubada ao firmamento.
Vê como cresce a morte nas sombras dos dedos.
—
Gosto das ideias que se levantam nas tempestades,
em redes e arpões de velhos pescadores,
recusadas por determinados padrões valores sentenças e demais
na solidão do silêncio que aflige apenas quem já morreu
deixa o vento polir as memórias que guardas doces
trancadas nas estórias que não provaste
envolvidas no cetim brilhante das carícias dos nossos ossos
—
Gosto de funerais aos domingos
—
não tento compreender a eternidade
ou a frágil constituição dos astros
apenas a fuga constante
o pulsar rápido do sangue
à descida do inferno que ruge
a tranquilidade nas sombras dos meus dedos.
—
vou viajar, embarcar, negar a praia que desemboca nestes olhos
negar as palavras que se medem em distâncias
e rasgar o tempo finito até que um rio rubro se torne na vertigem dos teus olhos.
—
Deixa-me cair nos teus braços,
na doce doença dos teus suspiros,
sou a luz pálida que cresce vertiginosa
na sombra dos teus dedos.
—
Sou morte, o desespero das lágrimas encadeadas que jorram socorros.
Deixa-me abrir os olhos na escuridão absoluta da saudade
— o fastio do seu aroma
nas cores que sangram a metamorfose dos nosso beijos.
J
2 Comentários:
gostei deste poem...gostei do teu blog, tens uma forma d escrever fenomenal. gosto =). add u
obrigado por tão doces palavras :-) beijos