somos apenas o nada que completa uma praia de estrelas,
o nada escondido numa sombra presa a demasiados vultos,
o nada que passamos pelos lábios insaciáveis daquilo que buscam.
há o calor das tuas coxas,
o sabor do teu suór nas minhas mãos,
o derreter leve,
o arrepio frágil na violência de um beijo,
das tuas garras cravadas na minha alma,
- o risco que pisamos uma e outra vez.
caímos de costas
- esgotados.
dois pedaços de músculo frenético,
embrulhados em esperma, sangue, lágrimas.
mas tudo valeu a pena,
conheço bem a dor que te paira nas mãos.
sou o nada,
tudo o que agarras no espaço deixado vago pelo teu vulto.
sei como te sentes disse,
- amo-te.
J
o vulto
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