podias vaguear, cruzar as pernas sem outros interesses ou intenções,
piscar os olhos e saber que, ao voltar a abri-los tudo estaria na mesma,
correr, trotamundos indomável, numa fuga sem fim à vista,
e ter aquele sorriso estampado nos lábios,
aquele despreocupado que usas tão bem.
vê, palhaços e trapezistas, mágicos e leões ilusionistas,
cores nos dedos e algodão doce, as notas da vida de luzes mil,
e os violinos que tocam para ti, junto ao ouvido, junto do coração,
dizem-te que não termina aqui, tudo começa, tudo cresce e vive,
sente, sente a primavera do teu primeiro beijo,
e os abraços do teu primeiro amor.
ah, a chuva que desce alegre num dia de verão,
e as bicicletas que te levavam ágeis de chegar a lado nenhum,
sem destino, por paisagens de cabelos espreguiçados na tua cara,
rumando ao inicio, de onde tudo começou,
naquela fotografia que guardas em ti, junto ao peito,
que acarinhas, tesouro de mil almas e paixões.
como era belo o dia em que morremos.
J
palhaços e trapezistas
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