sempre me perguntei se a noite foi sobeja,
se gostas de me ver a apanhar os estilhaços de vidro dos olhos,
e como um a um,
sonham tão doce sono, o de te manter
e não há como virar,
alterar o plano de vida, não há seguro,
mergulhar a tua cabeça num grito farto,
porque eu sei, não sei,
o quanto custa arrancar um suspiro do teu corpo.
ama-me e protege-te,
já, aqui, e agora,
abraça-me e sê tudo,
embalado e etiquetado, gravado nas mãos,
e procura,
é tempo da colheita,
e crescemos,
em voos nocturnos.
não consigo pensar, não consigo exigir que tentes passar a fórmula do medo através das grades que irrompem do teu ventre.
não há memória de tamanha revolução
neste mundo e no próximo,
quando de cabeça erguida possuíste o que era de mais sagrado para todos,
numa desastrosa dança com o firmamento.
sei, sei que, sei que dói.
sei que a dor é demasiada para as frágeis mãos que te sustêm.
J
fodaaassssssseeeeee
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