deixado para trás, para morrer, levantava-se uma e outra vez, fustigado pelo vento e a areia que lhe fendia a face, caía morto apenas para erguer-se uma e outra vez, sem vergonha de resistir à vida que lhe negavam, entregue a si mesmo. tropeçava nos passsos, enquanto que seguia caminho, decidido a percorrer aquele deserto sangrando a noite nos olhos, chupando as bolhas que lhe estalavam nos lábios, queimaduras, nas quebras de equilíbrio que o empurravam para baixo, dificultando a respiração, e tremiam-lhe os dedos. era difícil distinguir os trapos do ser humano. e lembrava-se do medo ilusório, parábola seca, daquela catarse que o guiava - e as sardas que pintavam o céu.
guiava o instinto até à tela branca, para que ele a pintasse de cor única, a dela.
J
4 Comentários:
O meu também está assim, exposto e à mercê de um super-herói de capa e pijama
tu tem cuidado que esses tipos são mal-cheirosos e perigosos!
J
"caía morto apenas para erguer-se uma e outra vez"
Adorei... é daquelas frases deliciosas que se aponta no primeiro pedaço de papel que vem à mão e se lê vezes sem conta...
V! : )
obrigado babe, ainda estou à espera que tu e o chinoi man me venham visitar a CB :)
beijo! paz!
J