Jimi Hendrix - Castles Made of Sand
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Beijei-lhe os lábios secos,
despedaçados, naquele fétido e espesso líquido vil,
e abracei de morte o ranger dos ossos gastos,
naquele banho de certeza rasa,
onde os muros caíram por terra.
colaram cartazes e penduraram espantalhos nas ruas,
queimaram efígies e bandeiras de sonhos roubados,
crianças brincavam com o fogo das montras,
naquelas linhas de sangue que escorriam das folhas, das árvores,
estrangulados na visão do próximo dia, especial,
dia de cortar a pele, com lâmina brilhante, fina.
- e curtiam a pele com areia, na bancada fria, batendo-lhe com a vontade que só uma criança tem, esticando e puxando-a, para depois a meterem a secar.
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era tarde e pensava,
- como tirar aquele tumor da cabeça
forçar os dedos pelos olhos,
sentir cada célula a desfazer-se,
observar as córneas, curioso, a tomarem a forma do vácuo pressionado,
criado num instante de nirvana, aquele clímax,
onde perguntamos se estamos mortos mas respiramos,
se estamos mortos e vivemos,
e extraí-lo cuidadosamente, carinhosamente,
deixá-lo crescer noutro corpo,
vivo, noutro corpo menos morto.
sentir o negro dos olhos d'Ela, e alistar-me no exército,
pronto para Ela, fácil, experimentado, e com Ela,
sem ambições, com 31 horas de exercícios, recruta,
- a pura sobrevivência.
J
PS: and so castles made of sand... fall... into the sea... eventually...