deslocava-se mais leve que o ar,
rodeando a mística montanha que rompia o céu,
por detrás das verdejantes paisagens
- imaginárias pinceladas que lhe pendiam dos dedos
em direcção aos sonhos deste sítio,
abandonando a devastação e caos,
no terror infligindo àqueles que trabalham a terra,
com o suór das noites em branco.
descansavam nos beirais das suas casas,
e observavam como aquela nuvem,
rápida, de um negro espesso,
que se atravessava no seu caminho,
e chamava-os, com as lâminas que rasgavam o solo,
para as verdades que desciam com o vento,
daquelas tingidas a mel, com sabor a azul,
em sufrágios daquelas oligarquias,
que sobravam ao tempo, fantásticas.
regavam os copos verdes de cervejas,
festins e fogueiras bradavam aos céus,
com músicas que lhes dançavam pelas línguas,
observados pelas paredes que ostentavam cartazes,
- apocalipse ditado pelas mãos da cigana
nos melhores dos banquetes de carne tenra,
apoiados naqueles rios de vinho púrpura,
nos vinte e nove dias que restavam.
e a montanha não se intimidava,
apercebia-se, iria perder a sua mulher,
e as notas soltas que ecoavam pela noite,
mi sustenidos ligavam o passado ao presente,
abandonados naqueles campos relvados até ao firmamento,
de onde observávamos tudo, tranquilos,
sem questionar o paradoxo.
J
velha cigana
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