Mecanizados em esferas lisas,
no movimento perpétuo das engrenagens que fazem o mundo girar,
rodeados das fraquezas que não conseguimos evitar, ver,
que se erguem à nossa volta, nas nuvens,
descendo em queda abrupta sobre o chão,
estremecendo tudo, crateras de sorrisos,
desenterrando os vermes que nos devoram a carne dos ossos.
É clássico, é bom, como é bom, eu lembro-me.
Dançamos sempre ao sabor das ferroadas nos dedos,
de arrependimentos sentidos nos olhos,
sem névoa que esconda a vergonha,
com as dentadas esbatidas no horizonte das nossas costas,
que acariciam os momentos passados e presentes,
naquele desdém incerto - o futuro.
Violetas plantadas nos cantos das nossas sepulturas,
semeavam o vento no nosso esqueleto,
enganadas pelas palavras hesitantes deixadas por semear,
no trovejar das vidas que passavam.
J
crateras de sorrisos
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