Tempestade abrupta, uma tranquilidade implacável
havia uma estória que me contavam quando era miúdo sobre donzelas em apuros em castelos de cartas, sobre tempestades e ventos que amainavam os navios junto à costa, em que os marinheiros embriagados resistiam à
e olhos deságuados em mágoas passadas, empurrando a verdade para debaixo das mãos - como tremem, suam desajeitadas - forçadas ao descontrolo sem vontade no seu destino, com fome da viagem, seguindo em frente de olhos
unificai-vos trabalhadores do mundo, de machado em punho, subtraiam da vossa força a vontade pela justiça, altruísmo pelo reflexo no espelho, quando um semblante fascínora vos domina.
Deixa a tua língua escorrer, escorregar na palma da mão, sequiosa que bebe o rasto que nos serve as peugadas, deixadas na margem do rio onde viste, olhaste para cima - um riso tão fácil - suspiraste um pequeno nada que o vento guardou para si. Eterna a linha que gira à volta deste universo, que rompe planetas em caudas de cometas púrpuras - DE RISOS FÁCEIS ESTÁ O MUNDO FARTO - na demolição estelar do firmamento, implosão eterna feita vulgar, nos nossos corpos elevados aos céus, feitos celestes nos mundanos retalhos que guardas de olhos cerrados.
Não iremos esquecer facilmente os desejos escondidos nos amantes segredados em beijos lacrados a sangue rubro.
Descansa guerreiro, o vento carregará até ti o aroma abafado do pó da batalha, da terra pisada pintada de vísceras dilatadas, do sal plantado nos campos abandonados.
Não tenhas pressa em ser orfão de deus.
1 Comentário:
estava difícil de comentar! só para dizer que gostei <3