debruçado sobre a ténue linha que se adivinha,
olhando o horizonte para onde desemboca esta ponte,
de regresso, inerte, de olhos fechados, com graça.
Descrever o futuro razão
- leva-me a maré
e não podia prever
- vapor de água na traqueia
Garganta cortada,
corrigir o pulso que arranca o externo,
caixa torácica aberta - pulmões negros,
ressonantes e graves tons rosa,
- as gotas do purpuro sangue marcam os sinais dos estilhaços no chão
e novamente, este frente a frente.
Até podia escrever o caminho no chão,
com as mãos que esgravatam minuciosamente a graça
que ecoa nos quartos, um a um visitados,
despidos - os joelhos esfolados encolhidos.
Anda visitar o meu túmulo nos dias de paz.
Guarda os teus dentes para uma nova vaga que se aproxima dura, para a raiva que se resguarda na doce ternura, e limpa o sabor azul da terra que tens nos lábios, com os nós dos dedos gastos, das lápides por talhar que descansam no topo das árvores.
Espreita-se um destino, o mesmo de sempre, com ela.
J