Círculo redondo,
corpo nú
braços deslocados em sombras abraçadas ao
sonho torcido,
uma memória vaga de viver
repetida a cada oscilação do peito
pausa
o chão frio recebe-me por inteiro
sou a redoma de vísceras que tomei para mim
e sinto apenas o fulgor do sangue a diminuir,
a tranquilidade absoluta de ser silêncio,
a memória vaga de viver,
pausa
mordes-me os olhos.
vivo nesta abóbada de estrelas murchas,
amontoo segredos nos ossos e perscruto a sua sinfonia muda.
—
vou demasiado tarde para me deixar afundar no surrealismo celeste
e é assim que desisto da vida todos os dias.
—
J
TÍTULO Vi
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