Triste é a noite
na solidão do Só
que escreve com a pena de quem partiu
numa despedida perdida
não sei
o amor é-me transcendente. Sinceramente não sei. Se pudesse matava o fastio na tua carne, não, na tua boca, não, na tua dança, nas mãos na tua anca e nas tuas costelas que me embalavam a raiva, a tristeza eterna de família que herdei nado-morto.
És faúlha eterna sem igual, sonho mudo em que só o coração sabe a língua
se a minha vida fosse uma dança, serias o seu embalo, o compasso cardíaco
o lume que me brota das mãos
da solidão nocturna
da imparável lógica que me asfixia.
— és toda a coragem que sonhei ser.
J
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