olha estes pés dançantes engolidos nessa gargalhada
nossa
na luz com que saudamos o sol
às histórias de romances que fazem dormir a noite
sê fogo de artifício ou cicatriz deste beijo
deixa que a linha se cruze nas letras do meu nome
e vê como a agulha puxa a carne
destas palavras desenhadas nos meus olhos
restam-me as mãos nuas, mergulhadas em vertigens
de oceanos inteiros
e tu lá no fundo
és toda, um novelo de saudade
o meu corpo é naufrago desse abraço.
quero acordar na luz da resposta
quando quiseres fugir
e ir
nessa brincadeira
arrepiada
destas costelas quebradas.
—
J
Fôlego
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