mordes os lábios sempre que mentes, sorris e nada deixado ao acaso,
um plano fenomenal, orquestrado com detalhe,
uma canção de amor segredada junto do ouvido,
a mão que agarra o momento, o êxtase, elaborado com cuidado.
demora, agarra a vida que não é tua,
choras, a saudade com que me deixas para trás.
temos sempre que voltar
- eu vivo sozinho
e tenho a certeza de que irás esquecer a maneira de como sentias o adeus,
o ter sempre que regressar, nos teus olhos.
numa outra altura, uma outra altura, e os teus braços, os meus, o rodopio, dança baila mexe puxa, turbilhão de serpentinas, o teu riso espelhado nas paredes, os lençóis rasgados, e será que te lembras como é sentires-te tão só, ter sempre que regressar, nos teus olhos.
termina tudo sempre como um sonho,
o par de asas que bate,
que te leva para longe,
que te leva para longe,
uma última vez e acaba,
uma última vez antes do fim,
uma última vez antes que este momento acabe,
- e diz-me, se ainda sentes o último adeus.
hei-de me lembrar sempre dos teus lábios secos, dos olhos cinza que deixaste.
J
sempre que mentes
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