caixa de arsénico para a mesa 5 sff

sábado, 5 de janeiro de 2008 às 02:33

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dói-me a cabeça, latejante o desejo,
quero encontrar-me nos teus braços, crú,
enterrado todo e faz-me perdoar,
os sonhos que se mantêm, lentamente,
no olhar dela.

via-a eu via-a novamente e era apenas eu,
aborrecido,
no cruzamento,
vulgar doença, e sorris,
- encontramos-nos junto dos segredos que deixaste, são teus não os quero.

fútil esperança de querer mais, sempre menos daquilo que consegues ter.

não é uma fuga do senhor,
ele nunca existiu nos meus dedos.

o meu tempo é finito, fora de prazo, validade expirada há muito.

não queres entender que
- julgo estar atrasado para o meu funeral.

mas ninguém nos pode salvar?



J

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