consigo sentir o teu sorriso nos teus ossos. moves-te como a estrelas, voluptuosas deusas do nunca.
nem as 60 ilhas que te protegem seriam capazes de derrotar a mania extrema obsessão doente grave dor que te prova.
comoves-me.
- em que é que pensas?
- no dinheiro e nas estrelas, nas noite violentas que criaste a partir do sonho.
- e achas que estás mais perto da luz?
- empurro a luz com os dentes, na esperança de que te furem os olhos.
- não sabes nada de tudo. és sombra que temes quando o sol vai alto.
- deves. não há mensagem subliminar que me faça deixar de pensar na morte certa, subida ígreme até ao planalto de sal eterno, fogueira imensa, estendido em ti para sempre.
- não me temes?
- só a luz.
e não me deixes morrer, e não me deixes asfixiar-te em lembranças que te perseguem, de noite em noites, criadas no teu sexo.
amo-te!
e quero arrancar as veias dos meus braços uma a uma, embrulhá-las, garrote magnífico, no meu pescoço, voar da cadeira e preso nos céus, sem pousar os pés em terra.
e sobre esta queda, deixa-me a vergonha que tens de mim, porque é tudo tão fácil aqui em cima, longe, mas tão perto que sinto o cheiro dos teus cabelos no ar que engulo uma e a última vez. se te peruntares porqueê, pensa nas horas momentos de pancada, porrada, porque é a última vez, que te perguntas porquê.
o sangue azul que me suja a ponta dos dedos, nos teus olhos choram lágrimas velhas, ultrupassadas e deixadas para trás na poça de sangue que deixaste no chão rubro deste navio.
rasgas e mordes com a ideia de um mundo melhor. de mais sangue solto nas tuas mãos.
J
éme
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