cuidado,
a matança.
dentes afiados,
aqueles que te rasgam,
os quarenta olhos que te violam,
os pés que te pisam,
o sangue que espirra a violência das provas,
e toda a existência cravada nas tuas unhas,
prende e prende,
puxa e não consegues,
o fôlego que te escapa.
gritas e sente a lâmina que fere as costelas,
os teus fartos seios primeiro, e o coração atrasado.
os gritos que me fazem dormir em luxúria.
a lâmina é romba - vem-te sentar, sente os meus ossos - é fria e esguia,
metal sujo.
posa para mim,
rompe a jugular e deixa-me entrar,
sem tocar no chão,
e então beija-me. morde.
podemos ficar aqui toda a eternidade - a tua carne é macia, tão doce e meiga.
vem-te.
J
a tua tenra carne
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