sem um destino marcado, incerto, nos cruzamentos que nos levaram de encontro a esta palpável realidade infeliz, coroados como reis neste burlesco cabaret, sem contra-mestre ou algo que o valha, entregues apenas às vicissitudes do sempre inadiado futuro, enquanto que a minha face se desfaz em fragmentos mil, negros e afiados, onde o corpo se entrega sem vontade às manhãs que se seguem.
por isso, vão buscar as vossas vinte-e-nove facas e arranquem todos os pedaços negros de mim. rasguem a tenra carne com se fosse a de um bebé fresquinho - daqueles acabadinhos de fazer, ainda com o leite das tetas da mãe a escorrer-lhe pelos cantos da boca, lambão - entregue às tormentas dos mares que estalam sobre as nossas cabeças, todas as noites até ao fim dos tempos, os meus e os vossos.
por favor.
J
*ahem*
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