É o tipo de jogo de que gostas, de regras simples e fáceis de decorar.
Desmembra o teu pensamento, o teu letárgico pensamento, deixa que a tua vulva jorre esse cristal líquido, âmago doce que sangra quando apaziguado pela saudosa língua quente que semeia o caos por dentro de ti. Deixa de delinear planos de gargantas abertas.
Escreve o teu nome com os ossos do teu esqueleto no nosso vago amor, por entre as leves almofadas de fumo que se esvaiem na noite.
Carrega o suor que te escorre nas pernas até ao êxtase da glória orgásmica, amarrada pelos dentes cerrados, lábios esborratados pela saliva lesta que abranda o tempo. Desmembra o teu pensamento e leva-nos uma outra vez nas tuas asas pelas vagas da eternidade fugaz, do esperma quente que se detém audaz nas tuas ancas, reluzente esforço.
Embaraça as tuas teias no nosso caixão e deixa-o ranger de frio, entregue ao doce embalar da tua carne que me aquece quando trocamos a noite pela manhã.
II - O Jogo
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