novelos

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012 às 09:26

Sinto o gosto do verbo que empurra o teu nome,
o peso das palavras que se desfiam em metamorfose
a nuvem — a miragem celeste.



Uma solidão que se deixa existir em parágrafos,
novelos, capítulos, novelas,
saudades dos dias que virão
atirados a um fosso
resgatados para atear incêndios,
desfilando perante a multidão
mordendo a esperança de dentes cerrados
de os punhos rasgados.



O metal que ruge no firmamento
nos restos das estrelas que nunca,
não iremos olhar
quando me moves, cadáver prometo,
no amor ressuscitado em sons mudos
das rosáceas bochechas do mundo.



Somos o espaço,
o lento vácuo que inverte o tempo.

Esta e todas as restantes noites.




J

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