sou a surpresa do tempo,
a vergonha do sorriso que não desmente,
uma vontade latejante
o laço e o papel enfeite desfeito.
—
sou o momento capturado
capricho agrilhoado à maldade da recusa
a ilha que naufraga no espaço
das mãos que me recebem
estendidas, abertas à humana condição
—
sou a prenda abandonada,
desfeita na pressa dos sorrisos
à condição que, na perspectiva de,
o isométrico sentimento da felicidade plagiada.
—
são teus os dedos que rasgam ágeis,
que procuram critérios e desatam as fitas ornamentais,
os confettis ou serpentinas de prata reluzente,
que escondem a caixa em vácuo.
—
J
Título II
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