Título III

sábado, 18 de fevereiro de 2012 às 10:10

sou a implosão
o gatilho que prime
os gases que se comprimem
o electrão em movimento perpétuo,
o átomo que se desintegra.



sou o estilhaço que te rasga o abdómen,
um medo de viver mais que o momento
os olhos brancos que falecem
uma imitação barata de um destino tardio.



Sou a névoa de partículas que se estende
que sufoca os sobreviventes
ardente no desejo e na vitória,
glória destrutiva ou a raiva etiquetada.



És o anjo que sobe aos céus,
que abandona os pobres diabos
cadáveres, esquisitos cadáveres,
sobreviventes da primavera de ser.



J

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